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terça-feira, 25 de maio de 2010

Epamig lança programa de plantas medicinais em Varginha

Publicado em por minasempauta02

Nesta quarta-feira (26), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realizará o 1º Seminário Sul Mineiro de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares, em parceria com a Prefeitura de Varginha. Durante o evento será lançado o Programa de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares de Varginha, que visa resgatar, através da pesquisa, o conhecimento e a utilização das plantas medicinais para o tratamento das mais diversas doenças com divulgação de ensinamentos para a população, sobre o uso correto dessas plantas.

Os participantes também conhecerão mais sobre o Programa de Fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS) e a aplicação da fitoterapia na odontologia. Durante o seminário, os agricultores familiares que participam do programa apresentarão os resultados obtidos na primeira fase do projeto, envolvendo plantio, cultivo, colheita e secagem. Segundo o pesquisador da Epamig, Elifas de Alcântara, a próxima fase do projeto terá como tema manipulação e embalagem. “Os estudos dos princípios ativos também estão sendo viabilizados, através da participação de especialistas em farmácia da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG) e Universidade Federal de Lavras (Ufla) .

O programa objetiva a geração de renda para a agricultura familiar por meio do uso e da produção de plantas medicinais, aromáticas e condimentares daquele município e até da região. A proposta também passa pelo resgate da sabedoria popular passados por comunidades quilombolas, indígenas ou comunidades ribeirinhas que detêm esse conhecimento por muitas gerações.

Os pesquisadores da Epamig, juntamente com agricultores familiares de Varginha e instituições parceiras, estão desenvolvendo tecnologias para o sistema de produção agroecológico dessas plantas, através da implantação de unidades de produção de mudas, demonstração e beneficiamento. Foram selecionadas para estudo 22 plantas aromáticas e medicinais levando-se em consideração os problemas de saúde mais frequentes em Varginha. Três espécies são brasileiras e 19 exóticas, de outros países. Algumas: alho, babosa, camomila, guaco, guaraná e confrei.

Para o cultivo dessas plantas existem tecnologias básicas de boas práticas. São técnicas usadas na olericultura e adaptadas para o cultivo das plantas medicinais. Os resultados esperados são a padronização do cultivo e dos princípios ativos dessas plantas. Para o pesquisador da Epamig, especialista em fitotecnia Nilmar Arbex, é importante que a área científica tenha conhecimento dessas plantas validando-as ou não. “A maior parte delas estão sendo validadas, porém, com alguma ressalva. Queremos validar esse conhecimento e dar um retorno seguro àquelas pessoas que as divulgaram anteriormente”, diz Nilmar.

Os produtores estão sendo orientados por pesquisadores da Epamig e tendo cursos de capacitação para produção e gerenciamento do seu próprio negócio. O Sebrae-MG coordenou o treinamento dos novos empreendedores para implantação futura de uma associação de produtores de plantas aromáticas e medicinais em Varginha. Os agricultores terão informações sobre escalonamento de plantio, produção de muda, colheita e processo de secagem. Segundo Nilmar, o objetivo é transformar Varginha em polo de produção de plantas medicinais. “Pode ser também uma oportunidade para outras cidades que tenham potencialidade para o cultivo de fitoterápicos ou para municípios que tenham potencialidade para produção laboratorial”, avalia.

O projeto, que proporciona geração de renda, conhecimentos e sustentabilidade socioambiental para a agricultura familiar pelo uso e produção de plantas medicinais, aromáticas e condimentares em sistemas agroecológicos na região Sul de Minas Gerais, aprovado pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), conta com participação de agrônomos e médicos parceiros, além de instituições apoiadoras como Emater-MG, Sebrae-MG, Prefeitura de Varginha e universidades. O projeto tem previsão de término em 2011.

Fonte: Minas em Pauta.

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