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domingo, 20 de abril de 2008

A cidade perde cada vez mais a sua caracteristica de interior.

A cidade de Varginha sempre foi vista pelos vizinhos como um lugar de aristocratas de nariz empinado. Moradores da Vila Pinto, nos tempos idos, representavam uma comunidade à parte que não se misturava com plebe. Ao lado disso, alguns bairros de operários carregam o estigma até hoje como lugares suspeitos como o caso do Bairro Barcelona, que apesar de ficar próximo ao centro, sempre foi considerado um gueto.
Existe até uma piada contada por um desses personagens pitorescos encontrados em todos os lugares que dizia que um morador daquele bairro falecera e quando chegou no céu, foi rejeitado quando se identificou. Mandado ao purgatório também aconteceu o mesmo. E, na última tentativa, no inferno, o diabo chefe quando soube da sua procedência, mandou-o de volta para o Barcelona.
Pura maldade! O bairro, como a cidade, é formado por pessoas de todos os tipos e raças.
Mas, hoje em dia, a cidade parece virar as costas para a boa convivência. Residente do Jardim Andere, tenho observado que poucos têm como costume cumprimentar os demais do próprio local. Alguns, se provocados por um "bom dia!" balbuciam desconfiados uma resposta quase incompreensível.
Parece que o vírus contamina. Pois, eu mesmo, depois de cumprimentar e sorrir, hoje também desisti e olho as pessoas como se elas fossem paisagem, como eles fazem com as pessas que não conhecem.
Mas, um alerta no Judaismo serve para todos, inclusive para mim, que diz que o vizinho é o seu parente mais próximo. Mesmo porque não sabemos o dia de amanhã, e o morador desconhecido da casa ao lado poderá nos ser útil como nós poderemos serví-lo numa hora de aflição.
Hoje até nas grandes áreas metropilitanas se estimula o convívio mais próximo de habitantes dos bairros. Um exemplo vem de um bairro de S.Paulo que adotou o apito para avisar que algo, ou alguém suspeito, ronda o local. Com isso aumenta-se a segurança de todos. Pois a união faz a força.

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